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SOU TEÓLOGA, MISSIONÁRIA, ESTUDANTE DE DIREITO, FIZ CURSO DE FORMAÇÃO DE OBREIROS, DE GREGO ANTIGO E HEBRAICO PARA TRADUZIR OS MANUSCRITOS BÍBLICOS, E ATUALMENTE DEDICO-ME A PESQUISAR AS TESTEMUNHA DE JÉOVÁ.
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AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ E AS DOENÇAS MENTAIS

Porque as Testemunhas de Jeová têm um alto Nível de
Doenças Mentais
Por Jerry Bergman
Tradução Livre: João Pedro
www.geocities.com/truepresentations
Resumo:
Uma revisão da literatura científica mostra que a taxa de doenças mentais
entre as Testemunhas de Jeová está consideravelmente acima da média.
As estatísticas variam, em parte porque as pesquisas disponíveis foram
conduzidas em diferentes populações em diferentes períodos de tempo.
Vários fatores principais destacam-se como prejudiciais à saúde mental
das Testemunhas. Não são apenas pessoas com problemas emocionais
que tendem a se juntas às Testemunhas, mas também os ensinos da
Watchtower e sua sub-cultura afetam adversamente a saúde mental dos
envolvidos.
A Watchtower tem cuidadosamente cultivado uma imagem pública de
pessoas devotas, tementes a Deus, determinadas a extrair a verdade de
Deus das Escrituras e viver suas vidas completamente de acordo com ela.
Por trás desta visão otimista esconde-se um pesadelo que tem resultado
numa enxurrada de doenças mentais e problemas sociais
consideravelmente maiores que os já encontrados em qualquer outra
religião americana. Atualmente, 10 milhões ou mais de pessoas são
Testemunhas de Jeová ativas ou estão estudando para se tornar uma
delas. O pesadelo no qual estes milhões de pessoas entram poderia ter
sido evitado se tivessem sido advertidos da decepção e da areia
movediça que é a Watchtower. As razões para a tragédia chamada
Watchtower são complexas e podem ser exploradas apenas brevemente
neste artigo.
A PESQUISA CIENTÍFICA
Especialmente desde o fracasso da profecia de que o Reino de Deus
seria empossado na Terra em 1975, conforme predito pela Watchtower,
numeroso problemas nas congregações das Testemunhas de Jeová tem
recebido atenção da mídia e de pesquisadores. Vários estudos
acadêmicos têm explorado o problema das doenças mentais das
Testemunhas de Jeová. Revisarei brevemente alguns deles, começando
com o mais antigo.
O Estudo de Rylander
Em 1946, Gosta Rylander investigou uma amostra de objetores de
consciência aprisionados na Suécia. Dos 135 casos escolhidos
aleatoriamente, 126 eram Testemunhas de Jeová. Dos 126, Rylander
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diagnosticou 51 com neuróticos, 42 como psicóticos, 32 como
mentalmente retardados, e 5 como tendo o cérebro avariado. O
diagnóstico foi feito somente com base no comportamento que era
claramente patológico, tal como paranóia irracional ou depressão
profunda. Rylander também concluiu a partir dos prontuários médicos e
de suas entrevistas que os estados patológicos deles era comumente
evidente antes da conversão, e que a influência da Watchtower
frequentemente foi prejudicial para a sua saúde mental, e as vezes foi
determinante.
Cerca de 4% da população sueca foi considerada psicologicamente
inadequada para o serviço militar, e o correspondente para Testemunha
de Jeová foi de 21%, ou seja, cinco vezes maior. Isto está próximo dos
valores encontrados por John Spencer, cujo diagnostico de “psicótico” ou
“neurótico” foi feito com base na triagem de admissão do hospital mental.
Poucos casos do estudo de Rylander eram de Testemunhas marginais, a
maioria era ativa em difundir a doutrinas da seita.
Rylander também concluiu que Testemunhas individuais tendiam a se
consumir com uma variedade de sérias preocupações frequentemente
juntavam-se à seita num esforço de solucionar seus problemas. Apesar
destes estudos não serem completamente aplicáveis para o cenário atual,
muitas de suas conclusões são ainda relevantes. A principal diferença é
que as Testemunhas são em sua maioria de classe médias e menos
rejeitadas socialmente. Mas muitas Testemunhas, especialmente aquelas
que vivem em países em desenvolvimento, ainda experimentam os
mesmos problemas reportados por Rylander.
O primeiro estudo nos EUA
Em 1949, no primeiro estudo sobre a saúde mental das Testemunhas
Américas, M. J. Pescor diagnosticou como psicótico um número acima de
7% do total de sua amostra de 177 jovens do sexo masculino
aprisionados por obedecer à proibição da Watchtower relativa à sujeição
às regulações militares. A amostra foi obtida por se entrevistar todos os
violadores admitidos no centro médico da prisão federal em Springfield,
Missouri durante o estudo. O nível de testemunhas psicóticas nesta
amostra foi 17 vezes maior que para o restante da população. Um
atordoante número de 7% foi diagnostificado psicótico; 4% tinha outras
anomalias mentais e um quarto é mal ajustado socialmente. Da amostra
de Pescor 16% estavam com status hospitalar e 44% destes foram
diagnostificados psicóticos.
Montague e outros pesquisadores
O terapeuta licenciado Havor Montague monitorou admissões para os
hospitais mentais estaduais e privados bem como clínicas de saúde
mental em Ohio de 1972 a 1976. De um estudo de 103 casos, ele
estimou, “a taxa de doença mental das Testemunhas de Jeová é
aproximadamente de 10 a 16 vezes maior que a média geral, população
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de não Testemunhas... cerca de 10% dos publicadores das congregações
necessita seriamente de ajuda profissional... [apesar de eles serem
freqüentemente] hábeis em esconder muito bem este fato, especialmente
para os de fora. De suas intensivas entrevistas com pacientes que era
Testemunhas de Jeová e com os que não eram, Montague concluiu que
pessoas que tinham problemas emocionais eram atraídos às
Testemunhas de Jeová, mas o seu envolvimento também causava muitos
dos problemas emocionais que elas sofriam. Isto é evidente do fato que
muitos com problemas emocionais relataram que ficaram mais felizes
depois que saíram.
Um outro estudo foi completado em 1985 por Robert Potter como parte de
sua tese de doutorado em religião e doenças mentais. Ele concluiu que
existe uma forte correlação entre as Testemunha de Jeová e a
esquizofrenia clínica. No mesmo ano, Ursula Sack avaliou para a sua tese
de doutorado o efeito da religião na saúde mental de alguns pacientes
selecionados. Os pacientes que ela utilizou em seu estudo forneceram um
claro discernimento do processo patológico da Watchtower, o que
complementou os resultados alcançados em estudos anteriores.
Em adição, um estudo alemão feito em 1985 por Elmer Koppl chegou a
conclusões similares ao estudo feito pelo psicólogo norueguês Kjell
Totland. Usando os arquivos da corte do município de Oakland, Michigan,
dos anos de 1965 a 1973, este autor descobriu que não apenas a taxa de
doença mental estava acima da média, mas as taxas de crime e suicídio
eram também altas, especialmente crimes agressivos contra pessoas.
POR QUE PROBLEMAS MENTAIS TÃO GRANDES?
Existem muitas razões para os problemas de saúde mental entre as
Testemunhas de Jeová, mas as pesquisas têm apontado os seguintes
como os mais importantes:
Mudanças na Política
A Watchtower está em perpétuo estado de mudança doutrinal, muitas
vezes alterando e voltando à crença anterior (flip-flopping) por 3 a 5 vezes
o mesmo assunto. Não há campo onde estas mudanças possam ser mais
trágicas do que em assuntos médicos. Durante os anos 30 e 40, a
Watchtower ensinou que as vacinas não apenas eram inócuas, mas que
eram uma “direta violação” da lei de Deus. Então no começo dos anos 50
a questão da vacinação foi elevada a um problema de consciência. Hoje
em dia a Watchtower publica artigos que elogiam as virtudes das
vacinações e as muitas vidas salvas por elas.
Outro assunto médico é o transplante de órgãos. No final dos anos 60
eles eram completamente aceitos, mas em 1967 foram banidos. Mesmo
transplante de córnea e de rim foram declarados errados pois foram
considerados canibalismo. Então em 1980 a aceitação dos transplantes
de órgãos foi transformada em matéria de consciência, exceto o
transplante de medula óssea (porque os ossos são a origem do sangue).
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Em 1984, contudo, os transplantes de medula óssea também foram
liberados.
Em 1908 a Watchtower declarou especificamente que a proibição judaica
contra comer sangue não era considerada lei para os cristãos, mas em
1961 ela declarou que tomar uma transfusão de sangue era motivo para
desassociação. A Watchtower agora ensina que “se uma transfusão
autorizada por uma corte parecer apropriada... [a Testemunha de Jeová
tem que] pôr todo o seu vigor no sentido de evitar esta violação da lei de
Deus sobre o sangue [e se] autoridades... considerá-la um contraventor
ou se considerá-la sujeita à perseguição... o cristão tem de ver isto como
um sofrimento por causa da retidão.
O presente ensino da Watchtower é claro: As Testemunhas de Jeová
preferem morrer a se submeterem a uma transfusão de sangue, e isto
inclui permitir que suas crianças também morram. Mas mesmo nesta área
a Watchtower tem mudado. Em certo período o uso de todos os produtos
sangüíneos e de frações sangüíneas para qualquer propósito era
condenado. Agora as Testemunhas de Jeová podem aceitar Albumina,
Globulina, Fator XIII, Fator IX e mesmo circulação extra-corpórea do
sangue. Ademais, o banimento de frações sangüíneas para hemofílicos
foi retirado em 1978. O soro sangüíneo é agora aprovado por causa do
seu uso contra raiva, tétano, difteria e outros medicamentos que contem
“pequenas quantidades” de sangue. E ainda a Watchtower ensinas as
Testemunhas de Jeová a serem fiéis em pequenas coisas. Muitos vêem
estas exceções como hipocrisia.
Segundo Carson Walker, editor de religião da Sioux Fall Argus Leader,
“Vinte cinco anos atrás, Garry Busselman observou sua esposa, Dolores,
morrer de leucemia”. Como Testemunhas de Jeová, o casal não aceitava
transfusões de sangue ou transplante de medula óssea.... Hoje,
Busselman acredita que a recusa daqueles procedimentos médicos foi
errada e ele quer ajudar outros que possam ter experimentado tragédias
similares. Ele acrescenta que “ela morreu em 1971 e em 1980 eles
mudaram suas regras e desde então os membros podem aceitar os
transplantes”. Culpa e raiva comumente surge quando uma esposa ou
filho morrem por se seguir uma doutrina que mais tarde é admitida pela
igreja como sendo errada.
A teocracia da Watchtower
Uma outra causa principal de desilusão entre as Testemunhas de Jeová é
que elas são ensinadas que sua organização é uma teocracia,
especificamente dirigida por Deus. Os que estão na Watchtower são os
únicos servos verdadeiros de Deus, e todos os que estão fora são
pessoas más que em breve serão destruídas no Armagedom.
Mas muitos estão cônscios dos numerosos casos de Testemunhas que
têm feito coisas horríveis. Um exemplo recente é o de duas jovens extestemunhas
devotas, os irmãos Freeman, que costumavam estar sempre
com seus pais... e era bons garotos. Porém eles assassinaram sua mãe
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Brenda, 48, seu pai Dennis, 54, e seu irmão Eric, 11. Os garotos Brian, 17
e David, 16, alegaram culpa a fim de receberem uma pena mais leve.
Este crime horrendo recebeu atenção internacional e sem dúvida traz à
lembrança a muitas Testemunhas outros casos infames de assassinato
cometidos por Testemunhas de Jeová.
Falhas Proféticas
Muitas testemunhas abrigam um temor profundamente arraigado –
alimentado por uma longa história de falhas doutrinais e proféticas – o de
que a Watchtower é uma falsa organização religiosa. Tendo em vista que
esta idéia tem implicações devastadoras para os seguidores desta
organização, eles se recusam a explorar seus temores, preferindo
racionalizá-los ou suprimi-los em vez de admiti-los e de lidar com eles.
A mudança drástica mais recente em suas profecias é aquela que diz
respeito ao anterior ensino de que a contagem regressiva para o
Armagedom começou em 1914, e que a Primeira Guerra Mundial foi o
maior sinal de que Cristo em breve estabeleceria seu reino milenar na
terra. A organização também ensinou que a geração que presenciou os
eventos de 1914 veria o Armagedom e o Fim do Mundo. Então, a edição
de 15/11/1995 de A Sentinela, de acordo com repórter da Newsweek
Kenneth Woodward, anunciou que todas as apostas milenaristas estão
encerradas... os líderes da seita quietamente reconhecem que Jesus
estava certo desde o começo, quando disse ninguém sabe “nem o dia
nem a hora”. A Watchtower errou quase todas as predições que já fez, e
esta percepção é especialmente traumática quando a pessoa pensa no
que teve de sacrificar para tornar-se uma Testemunha de Jeová.
Certa vez a Watchtower desencorajou casar e ter filhos, ensinando que o
Armagedom estava tão perto que era um risco ter filhos. Em 1941 a
Watchtower publicou o livro Filhos, mostrando como as pessoas poderiam
“agradar a Deus” por adquirir a forma certa de conhecimento. O propósito
daquele livro era primariamente convencer o leitor que somente a
Watchtower é a organização de Deus e que é somente por segui-la que
se pode alcançar a vida eterna. A história John e Eunice conta como eles
foram enlaçados por esta mensagem. Eles decidiram não se casar e
então se dedicaram por tempo integral aos interesses da Watchtower.
Eles concluíram que um dia teriam crianças, mas não antes do
Armagedom. “O Armagedom certamente está próximo”, disse John. “Nós
podemos adiar o nosso casamento até que a paz derradeira esteja
plenamente estabelecida na terra. Agora nós não podemos acrescentar
mais nenhum fardo às nossas cargas... antes, estejamos livres e
completamente equipados para servir o Senhor... Eunice, minha decisão
está tomada”.
Eunice e John estão agora na casa dos 70 anos e ainda esperam o
Armagedom, que em 1914 foi profetizado estar muito próximo de ocorrer.
Testemunhas que viveram durante o tempo em que estas coisas foram
escritas têm ficado especialmente amarguradas porque eles se
sacrificaram pelo que depois veio a ser uma falsa esperança.
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Aqueles que não são parte da Watchtower quase nunca entendem o
grande significado que falsas profecias e ensinos errôneos têm na vida
das Testemunhas. As publicações da Watchtower não são simples livros
escritos por humanos que tentam explicar as escrituras, mas eles são
vistos com quase-inspirados. As Testemunhas de Jeová são ensinadas
que ninguém, exceto o topo da liderança da Watchtower pode discernir
qual é a vontade de Deus. A salvação somente é alcançada se você se
torna parte da organização de Deus, a Watchtower, ou como eles dizem:
a arca de salvação. Assim como o dilúvio veio e varreu a todos os que
não estavam na arca de Noé, também o Armagedom destruirá a todos os
que não estiverem dentro da arca da Watchtower.
A chave da salvação repousa não em ser salvo por se viver uma vida
cristã ou por se ser bom, mas por se pertencer à organização Watchtower
– apesar de que eles ensinam que nem isso garante a salvação. As
Testemunhas acreditam firmemente – pelo menos eles têm de dizer
verbalmente que acreditam firmemente – que a Watchtower é a única
organização de Deus e que é dirigida diretamente por ele. Por esta razão,
os muitos ensinos alterados (e centenas de exemplos existem) não são
de somenos importância. Falsas profecias dizem pungentemente às
Testemunhas que elas devotaram suas vidas a uma falsa organização
religiosa. Lidar com esta realidade é muito traumático, pode levar anos
para se ajustar, e pode levar tanto a sintomas psicológicos quando a
somáticos. Aqueles que entraram na organização há pouco tempo não
tomaram conhecimento da sua história, mas com o tempo vêm as dúvidas
que geralmente tornam-se cada vez maiores, e por fim precipitam em uma
crise de consciência que forçam muitos a eventualmente deixar a
Watchtower.
Porém, deixar não é fácil. Quando as pessoas tornam-se Testemunhas de
Jeová, elas são lentamente doutrinadas numa crença estrutural que
requer deles que abandonem seus amigos – ou mesmo suas famílias – e
adotem uma nova família, que é a da Watchtower. Após serem
Testemunhas de Jeová por poucos anos quase todos deles terão apenas
amigos Testemunhas. Para muitos, especialmente aqueles que nasceram
dentro da organização, suas inteiras famílias e parentes são todos
Testemunhas. Deixar frequentemente significa ser desassociado, o que
significa que eles serão forçados a cortar toda e qualquer associação
significante com seus amigos e com sua família. Consequentemente,
muito acham que deixar é extremamente traumático, mesmo depois de
convencidos de que a Watchtower é errada. Por esta razão muitos
decidem ficar, forçando-se a conviver com os ensinos da Watchtower,
ouvindo e dizendo coisas que eles discordam. Eventualmente, os conflitos
internos tornam-se tão grandes que eles têm de deixar, abandonando
família, amigos, e sua inteira vida pregressa.
As proibições da Watchtower
As proibições impostas pela Watchtower alcançaram todas as áreas da
vida da pessoa cobrindo-as minuciosamente ao extremo. Eles condenam
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todos os feriados e celebrações, exceto uma que eles chamam de
“memorial”, e por gerações tem desencorajado a educação superior e o
progresso nas carreiras (embora eles tenham relaxado estas regras
recentemente). Perder uma de suas cinco reuniões semanais (as
atividades da Watchtower tomam entre 20 a 30 horas por semana, se se
é consciencioso), e gastar tempo com não Testemunhas (exceto no
proselitismo) é também condenado. Como resultado, é muito difícil para
uma criança criada como uma Testemunha desenvolver-se como um
adulto bem-ajustado socialmente. Eles ensinam que os do mundo são
maus, mesmo que eles pareçam amáveis, pois esta é mais uma das
táticas de Satanás para seduzir os irmãos para deixar a Organização.
Proibidas de se envolverem em relacionamentos sociais normais e em
muitas atividades escolares as crianças Testemunhas de Jeová crescem
solitárias. Apesar de desvios entre elas serem comuns, não raro traz
culpa e ambivalência. Em adição a isso, há outras questões –
especialmente a recusa em saudar a bandeira ou celebrar feriados – via
de regra traz consigo o menosprezo de seus pares, o que obstrui o
desenvolvimento social normal. A Watchtower ensina as Testemunhas a
“não quererem nada” com os críticos e a “não serem curiosos sobre o que
as pessoas dizem”. Eles ainda se põem em posição antagônica quando
vão de porta em porta, e desta experiência eles geralmente desenvolvem
paranóia. De fato, a esquizofrenia paranóica é extremamente comum
entre eles.
Poucas orientações para a vida
A principal razão pela qual tantas Testemunhas de Jeová tem problemas
de saúde mental é que a Watchtower tem fornecido poucas orientações
práticas para ajudá-las em suas vidas diárias. O objetivo principal das
Testemunhas de Jeová é servir à Watchtower. Assim, elas se sentem
compelidas a assistir a cinco reuniões cada semana e a envolver-se num
infindável e frustrante trabalho proselitista de porta em porta.
Freqüentemente recebem porta na cara, e apesar de alguns moradores
serem educados, mas não interessados, alguns são muito rudes. Uma
Testemunha pode gastar anos a fio no serviço de campo sem que ache
alguém que demonstre genuíno interesse na mensagem da Watchtower!
Desencorajadas de buscar meios de autocontentamento, as submissas
Testemunhas devotam seu tempo e energia em servir uma organização
que não se importa com elas em base individual. Visto terem recebido
pouco conselho realístico e prático sobre como lidar com os problemas da
vida e terem sido desencorajadas de procurar um trabalho gratificante que
seja agradável e financeiramente adequado, muitas sentem que foram
estão presas em um modo de vida no qual virtualmente qualquer
alternativa é indesejável. Muitas levaram uma vida insossa por anos
esperando que o Armagedom viesse logo e os resgatasse de seus
dissabores. Enquanto isso, sua depressão e desesperança contaminavam
tudo que eles faziam, ainda que elas ostensivamente aparentassem estar
“felizes servindo a Jeová”.
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As atrações que originalmente empurram as pessoas para a Watchtower
freqüentemente perdem seu apelo depois do batismo. Os amigos
Testemunhas, que antes davam suporte e eram tolerantes quanto às
deficiências em seguir à conformidade doutrinal, rapidamente passam a
insistir que se deve ensinar e acreditar rigidamente na política da
Watchtower. Celebrar aniversário natalício torna-se uma ofensa sujeita à
desassociação. Os novos agora são considerados maduros e tem que
seguir rigidamente todo e qualquer capricho da Watchtower. Uma vez
presos, eles são assim eficazmente pressionados a fazer coisas que eles
antes resistiam, às vezes com veemência. A esperança de um Novo
Mundo às portas refugia-se em um futuro cada vez mais distante a ponto
de muitos se perguntarem se esta sempre adiada promessa um dia se
cumprirá.
O desencorajamento é um tema comum, tanto na literatura da
Watchtower quanto na conversa entre Testemunhas. Elas são
constantemente admoestadas a manterem-se encorajadas e com o foco
em servir à Watchtower, na suposição de que gastar 30 horas ou mais por
semana nos interesses da Watchtower resolverá todos os seus
problemas. Quando isto não ocorre, vem a culpa, e a Testemunha
arrebatada por sentimentos negativos passa a achar-se iníqua e que não
sobreviverá ao Armagedom. A depressão e a desesperança têm
conduzido a um número desproporcional de suicídios e homicídios entre
as Testemunhas.
A SAÍDA
Muitos de fato conseguem sair. Destes, alguns se tornam agnósticos ou
ateístas, odiando Deus e todos os intentos de entendê-lo e alcançá-lo.
Alguns são abençoados por encontrar a verdade espiritual e o
restabelecimento psicológico. Através de um intenso estudo bíblico eles
se dão conta de que a Watchtower está baseada num falso entendimento
da Bíblia. Estas pessoas se dão conta de que há uma fé vívida, que não
está ao sabor dos ventos oriundos de uma organização humana dirigida
por indivíduos mal informados a respeito das escrituras, do cristianismo
histórico, e da moderna pesquisa bíblica. Estas pessoas olham para trás,
para sua experiência com a Watchtower e se vêem com alguém que pode
ajudar outros. Muitos se envolvem em ministérios contra cultos e usam
sua perícia em Watchtower para ajudar outros a encontrar a salvação
Naquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.
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O Dr. Jerry Bergman é professor do Northwest State College em
Archbold. Ele já publicou mais de 400 artigos em revistas profissionais e
leigas em oito idiomas.
Atenção! Para Referências Bibliográficas consultar o original em Inglês